Café Brasileiro em Foco: Encontro entre Lula e Trump Sinaliza Esperança para o Setor Exportador
- MKT FG

- 29 de out.
- 2 min de leitura
O recente encontro entre os presidentes Lula (Brasil) e Donald Trump (EUA) na Malásia pode parecer, à primeira vista, apenas mais um momento diplomático. No entanto, para o setor cafeeiro brasileiro, esse diálogo pode representar o início de uma possível reviravolta. Com as exportações de café enfrentando desafios tarifários impostos desde o chamado "Tarifaço", esse encontro abre uma janela de esperança para um novo cenário comercial.

Revisão Tarifária em Foco
Desde setembro de 2025, o mercado de café brasileiro tem convivido com incertezas geradas por tarifas impostas ao produto nos EUA — uma das nações que mais consomem café no mundo. Esse cenário impacta diretamente a competitividade do café brasileiro, favorecendo outros players globais.
O encontro entre os dois líderes sinaliza a possibilidade de uma revisão tarifária e, ainda que os desdobramentos práticos ainda não tenham se concretizado, o simples fato de haver uma reabertura de diálogo é positivo para o agro nacional.
Oportunidade para o Brasil no Mercado Global
A eventual redução ou eliminação de tarifas pode ampliar o acesso do café brasileiro ao mercado norte-americano, gerando maior estabilidade de preços, aumento da demanda e melhora nos resultados das exportações. Isso também pode ajudar a reverter os impactos recentes do “Tarifaço”, que ainda reverbera em parte das negociações internacionais.
Repercussões no Mercado Futuro
Logo após o encontro, os mercados futuros reagiram. Segundo análise de Marcelo Moreira, da Archer Consulting, os contratos futuros de café operaram em queda, refletindo a pressão gerada pela sinalização diplomática. Porém, ele alerta que o cenário climático permanece desafiador: os últimos 10 dias foram marcados por tempo seco e frio, prejudicando as primeiras floradas e elevando o risco de abortamento dos frutos — especialmente em lavouras de sequeiro.
O Clima como Variável Decisiva
Mesmo com uma possível melhoria nas relações comerciais, o clima continua sendo um fator determinante para a próxima safra. A continuidade de chuvas será essencial para o pegamento das floradas. Assim, o mercado segue atento tanto aos movimentos diplomáticos quanto às condições agroclimáticas que impactam diretamente a produtividade.

Conclusão
O encontro entre Lula e Trump representa um primeiro passo simbólico, mas importante, rumo à reestruturação das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos no setor cafeeiro. Enquanto aguardamos os desdobramentos dessas negociações, o setor segue vigilante, equilibrando as expectativas do mercado internacional com as incertezas climáticas locais.
Fontes:
CNN Brasil, Globo Rural, Jornal O Tempo, BBC News, análise técnica da equipe de Marketing FG Corretagens.



Comentários