Desempenho das Exportações de Café em Outubro/2025: Queda em Volume, mas Alta nos Preços e Receita Diária

O mercado de exportação de café brasileiro iniciou o mês de outubro de 2025 com um cenário de contrastes, de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) no dia 20 de outubro. Embora o volume exportado tenha sido menor em relação a outubro de 2024, os preços praticados e a receita média diária mostraram desempenho expressivo, evidenciando um momento de valorização do café brasileiro no mercado internacional.

Café verde

No segmento de café torrado, extratos, essências e concentrados, foram exportadas 5.742 toneladas nos primeiros 13 dias úteis do mês, abaixo das 8.681 toneladas registradas em todo o mês de outubro de 2024. No entanto, a média diária de embarques apresentou crescimento de 11,9%, subindo de 394 para 441 toneladas por dia.

O principal destaque ficou por conta da receita. O faturamento médio diário das exportações desse segmento atingiu US$ 5,425 milhões — alta de 33,8% em comparação aos US$ 4,054 milhões do mesmo período do ano passado. Isso foi possível graças a uma valorização de 19,5% no preço médio, que saltou de US$ 10.273,80 para US$ 13.281,90 por tonelada.

Para o café não torrado (grão verde), o volume total exportado nos 13 primeiros dias úteis foi de 133.229 toneladas, número inferior às 279.233 toneladas embarcadas ao longo de todo outubro de 2024. A média diária caiu 19,3%, passando de 12.692 para 10.248 toneladas. Ainda assim, o faturamento médio diário subiu 9,4%, chegando a US$ 65,031 milhões — contra US$ 59,447 milhões em 2024. Isso se deve a uma valorização significativa de 35,5% no preço médio da tonelada, que aumentou de US$ 4.683,70 para US$ 6.345,50.

Flávio Gonçalves no processo de classificação de cafés

Apesar da redução no volume, os preços mais altos compensaram a queda, refletindo um momento de maior atratividade do café brasileiro no exterior e garantindo uma receita robusta ao setor. Essa valorização reforça a importância da estratégia comercial e da qualidade na construção de mercados mais rentáveis, mesmo em cenários adversos.

Fontes:Notícias Agrícolas, InfoMoney, Hub do Café, Revista Cultivar. Curadoria e verificação: Equipe de Marketing FG Corretagens.